História

Inauguração da Sede do Agrupamento

Uma sede própria foi o anseio das várias direcções do Agrupamento ao longo destes 80 anos. Ocupámos seis espaços que vamos homenagear, numa breve história, referindo a localização e sublinhando as Figuras de Ílhavo que amavelmente nos presentearam com a sua utilização:

1ª Sede – em 1928

No antigo quartel dos Bombeiros junto ao antigo Mercado Municipal. Foi nesta sede que iniciámos os nossos primeiros passos e fizemos as nossas primeiras reuniões; aqui fundámos o nosso Grupo 46.

As instalações foram-nos amavelmente disponibilizadas pelo actual Comandante dos Bombeiros Voluntários Sr. Artur Rasoilo, nosso grande amigo. Aqui estivemos sensivelmente dois meses.

2ª Sede – Ainda em 1928, em Cimo da Vila, no edifício dos Paços do Concelho, onde mais tarde estiveram os Serviços Municipalizados. Espaço cedido por Dinis Gomes, Presidente da Câmara de então. Tratava-se de uma grande sala que dividimos para instalar as respectivas patrulhas. Ali permanecemos cerca de 10 anos.

3ª Sede – Foi inaugurada em 1939. A “Casa velha”, no pátio da Residência Paroquial

foi – nos cedida pelo Pároco Pe. Basílio Ferreira Jorge. Foi por nós restaurada com muita dedicação e empenho. A sede comportava, para além dos vários cantos de patrulha, um palco onde levámos à cena diversas récitas; foi a melhor sede até 1961. Com o início da construção do Centro Paroquial a sede foi demolida.

4ª Sede – Uma dependência da sacristia norte da Igreja Matriz. Era muito pequena; com muito esforço conseguimos adaptá-la às nossas necessidades; lá nos mantivemos até à inauguração do Centro Paroquial.

5ª Sede – Uma sala do Centro Paroquial, muito pequena para todas as Secções do Agrupamento. Foi então que surgiu a ideia de se destinar esta sala à Alcateia e à Direcção e as restantes Unidades do Agrupamento ocupariam a cave do palco do salão paroquial.

Esta cave era muito húmida e escura. Instalou-se um motor para escoamento da água e ao longo do tempo foram sendo feitos melhoramentos graças à boa vontade dos nossos Párocos. O Clã ocupou, por algum tempo, uma casa da Paróquia no Beco das Barreirinhas.

6ª Sede – Desde 1988 no rés-do-chão “Casa do Centro Paroquial”.

Esta sede foi-nos destinada pelo nosso Pároco e Assistente Prior Urbino de Pinho, por conhecer bem as necessidades do Agrupamento para implementar os seus projectos educativos, e necessitar da sala que ocupávamos no Centro Paroquial, para instalar com mais comodidade o “berçário” do Jardim de Infância.

Recordamos, com regozijo, as palavras que então nos disse: “trazei os vossos escuteiros para este rés-do-chão da casa, dividi-a, provisoriamente, conforme achardes mais conveniente, e conservai-a até poderdes construir a vossa própria sede.” E, foi com surpresa, que uns dias antes da mudança para a “Casa do Centro” vimos cravada na parede exterior, junto à porta de entrada da sede, uma “Flor de Lis” esculpida em mármore, a identificar o Movimento Escutista na Paróquia. Tinha sido oferta do nosso Assistente.

E, em 24 de Abril de 1988, inaugurámos a nossa actual sede, na presença de toda a Região de Aveiro, que veio a Ílhavo celebrar o “Dia de S. Jorge”. Nesse ano celebrávamos o 60º Aniversário da nossa fundação.

Desde então estão aqui instaladas a Direcção, a Alcateia, o Grupo Pioneiro e o Clã.

O Grupo Explorador, por ser a maior Secção do Agrupamento e necessitar de um espaço mais amplo, ocupa, ainda, a cave do salão paroquial; é um espaço muito exíguo, no entanto, bastante bem aproveitado e tecnicamente ornamentado à maneira escutista.

E, eis -nos chegados à 7ª Sede.

Ela aí está, bem pertinho da 6ª, implantada num terreno adquirido pelo Senhor Prior Urbino, enquanto Pároco e Presidente da Fábrica da Igreja. Ainda connosco teve oportunidade de nos aconselhar sobre alguns aspectos do projecto de construção. Lá estão silenciosamente guardados no estilo do edifício que agora, após a sua partida, o queremos homenagear, atribuindo-lhe o seu nome para que os vindouros o recordem como o Pároco/Assistente que impulsionou o Agrupamento, desde sempre, para a construção de uma sede própria.  

“O número sete simboliza a conclusão do mundo e a plenitude dos tempos”.

 “Sete é o número perfeito do homem perfeitamente realizado”.

Esta 7ªe definitiva sede vai oferecer a todos, desde o mais pequenino Lobito “pata-tenra” até ao mais “velho lobo”, os espaços para poderem viver “O projecto educativo” que o C.N.E. oferece: o desenvolvimento físico, o desenvolvimento intelectual, o desenvolvimento do carácter, o desenvolvimento afectivo, o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento social.

Nesta Sétima Sede havemos de encontrar o entusiasmo, a força e a coragem para dar

“o pontapé no impossível” (B.P.) para implementar sistematicamente as “Sete Maravilhas do Método Escutista”:

1-Sistema de Patrulhas; 2-Mística e Simbologia; 3-Lei e Promessa; 4-Aprender Fazendo; 5-Contacto com a Natureza; 6-Progresso pessoal; 7-O Animador adulto.

Muitos têm sido os problemas que temos vindo a ultrapassar com a construção desta nova sede; os escuteiros sabem que nada se consegue sem esforço; temos mantido uma solidariedade forte entre nós e com os Pais dos nossos jovens e demais familiares e amigos. Agradecemos-lhes toda a sua colaboração, desde as palavras de coragem que nos têm dado, até à contribuição monetária que, periodicamente, nos fazem chegar.

As campanhas pedagógicas de angariação de fundos que os nossos escuteiros têm vindo a implementar, vão”grão a grão” ajudando a “encher o papo “. Mas, perante uma obra desta natureza, de outras verbas precisamos.

Agradecemos os apoios financeiros do Governo, através do Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva, da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de S. Salvador.

Estamos na fase final da construção, mas não na fase final das contas…

Continuamos com as mãos abertas e com as mãos no trabalho.

O nosso sonho é inaugurar a sede no dia do 80º Aniversário do Agrupamento – 15 de Agosto de 2008.

Vamos para férias; o trabalho com os escuteiros é constante. Temos o Acampamento de Agrupamento. Ocupar-nos-emos do arranjo interior das salas da nova sede e da mudança do nosso “espólio” escutista das instalações actuais para a casa nova…O trabalho não falta. Queremos iniciar o novo ano na sede nova.

Até sempre e que o nosso Chefe Supremo nos ajude.